segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

[poema visual publicado originalmente na revista Oficina de Poesia, nº 15 série II, março de 2011]

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

criaturas ao pormenor
a sul ou

: cordas da noite cata-vento por
menor fonte de letra ou: acordas de noite:
insónia hoje não tipo ácida
[ é calma a insónia adormeço contigo *

]
amanhã tal
vez as páginas como longa-metragem
bebam o hortocom o pé-mole: / com dois dedos apenas se faz uma conversa /

domingo, 31 de julho de 2011

não comemos pólvora

simplesmente pulverizam-nos

não ardemos pífia

são anjos sem cadastro soltos pelo umbigo

no ar

pó de tal & co da América

dos fracos e oprimidos

e ateus

não reza a História

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

.

a materialidade não são bocas de seda

bate nas pedras

& as letras estão abertas

são crateras confusas na sala

a materialidade é obra é artesã é universal

& transversal & transgressão

a materialidade são palavras vincadas na noite

a materialidade porque

a pedra é só abertura

e só apertura

& há refluxo & reflexo do abismo

a materialidade

das coisas para as coisas das coisas

&

das coisas das coisas para as coisas-coisas das coisas-coisas nas coisas

& a materialidade está na frente do mar

como quem está

na frente de guerra dos palhaços

de flores esguichando água ao peito para as caras

o corpo é materialidade

da materialidade do corpo

a ouvir o toc

toc toc da chuva nas urtigas