quarta-feira, 19 de dezembro de 2012





Recupero este pedaço de rizoma feito em 2009. Esteve off durante algum tempo.  Agora aí está ele de novo no servidor a baralhar a cabeça às pessoas. Ainda é dos tempos em que eu não era casado e, portanto, me chamava Bruno Santos. Bons velhos tempos, a década dos 00's!

[clicar sobre a imagem ou aqui]


P.S. Devo dizer que o texto verbal do poema é, agora que nele voltei a navegar, qualquer coisa de muita horríbél. Já o trabalho do Luís é espantoso. Fica o agradecimento por conseguir desviar as atenções do conteúdo para a forma!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


num não-lugar qualquer

- não gosto de poesia do quotidiano
que fala nos lugares à cabeceira -

um chavalo passa olhando
para trás chega junto
ao lago alimenta
os pombos directamente
do saco branco

olha para trás várias
vezes vezes várias
várias várias vezes
mas não pára de alimentar
os pombos os pombos não
param de alimentar-se

a comida que já não é
comida é ainda comida

& desaparece
          num ápice

antes sequer que
a finalista do secundário
tenha tempo
para vender uma rifa

várias pessoas pessoas
várias pessoas no geral
pessoas várias no geral
gente-gente como dizia
o outro passam e pisam
o mesmo o mesmíssimo
lugar do saco branco
umas detêm-se mais
tempo outras detêm-se
menos tempo
                          - mais (tempo)
com mais (tempo) dá menos
(tempo) -
                 quase
todas se detêm mas nenhuma
se tem

inclusive o homem
assim como que de
meia idade com ar
de pedófilo
que sai a correr
pelo anfiteatro

- o word dá erro
na word pedófilo -