quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Poema colectivo do colectivo dos Cornud@s (performatizado no Andanças2009, Carvalhais, S. Pedro do Sul, Viseu, Portugal, Europa, Mundo, Via Láctea)

vai de lebre de vagar

cadáver um grandessíssimo ar cheio de moscas

para abrir altar

os sumérios eram somas das sombras até

acordar

cheio de penas

cheio de moscas

me levanto

pipistrello pistacho frente ao mar

faminto o silêncio da língua áspera à espera

no silêncio da sua morte a espaços de íris e tenazes

uma lâmpada a perguntar pela Maria Amélia três vezes

imacula-se o maxilar aos pássaros

e faz-se uma sopa

uma só esponja faz família de toda a ruína

defenestrar uma cavilha entorna o córtex

não há mais medula

e os chineses vendem aquilo tudo

a fritura vem calafetar de melaço

a sua merda a sua repugnância

a sua ânsia belo estrume

invisível a noite pelo tratamento da sombra

is a writer isto sim é

escrever

para os trinta anos de cócoras

em Agosto o amendoim e agora não tens brinquedos

só coisas importantes: arrebanhar a caruma como retalhos em aglomerado contra

os fardos

já adulteraste hoje?

porque os nenúfares treinam a sua sensualidade na lua

salga na caruma narinas

o estágio da erudição ascendente

Agnese, Bruno, Cristina, Paulo, Porfírio, Rita

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