segunda-feira, 18 de março de 2013

Hypomnemata Digital


Não acabei com este blogue mas não tem havido muito movimento por aqui. Na boa. Também nunca disse que ia haver.

Para consultar um blogue que vai tendo mais movimento, podem os dois leitores/as que por aqui aparecem de vez em quando clicar na imagem abaixo. O Hypomnemata Digital é o meu mais recente blogue, sobre literatura electrónica e cibercultura.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012





Recupero este pedaço de rizoma feito em 2009. Esteve off durante algum tempo.  Agora aí está ele de novo no servidor a baralhar a cabeça às pessoas. Ainda é dos tempos em que eu não era casado e, portanto, me chamava Bruno Santos. Bons velhos tempos, a década dos 00's!

[clicar sobre a imagem ou aqui]


P.S. Devo dizer que o texto verbal do poema é, agora que nele voltei a navegar, qualquer coisa de muita horríbél. Já o trabalho do Luís é espantoso. Fica o agradecimento por conseguir desviar as atenções do conteúdo para a forma!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


num não-lugar qualquer

- não gosto de poesia do quotidiano
que fala nos lugares à cabeceira -

um chavalo passa olhando
para trás chega junto
ao lago alimenta
os pombos directamente
do saco branco

olha para trás várias
vezes vezes várias
várias várias vezes
mas não pára de alimentar
os pombos os pombos não
param de alimentar-se

a comida que já não é
comida é ainda comida

& desaparece
          num ápice

antes sequer que
a finalista do secundário
tenha tempo
para vender uma rifa

várias pessoas pessoas
várias pessoas no geral
pessoas várias no geral
gente-gente como dizia
o outro passam e pisam
o mesmo o mesmíssimo
lugar do saco branco
umas detêm-se mais
tempo outras detêm-se
menos tempo
                          - mais (tempo)
com mais (tempo) dá menos
(tempo) -
                 quase
todas se detêm mas nenhuma
se tem

inclusive o homem
assim como que de
meia idade com ar
de pedófilo
que sai a correr
pelo anfiteatro

- o word dá erro
na word pedófilo -

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O meu mais novo


ERRATA

Por "meu", entenda-se: nosso
Por "nosso", entenda-se: do colectivo aranhiças & elefantes
Por "nosso" do colectivo, entenda-se: das aranhiças, dos elefantes, mas também das aranhantes e dos elefantiços (de tod@s os que o ajudaram a construir e d@s que agora os podem mastigar num leitor de cd's perto de si)




mais info sobre o prÓduto e o seu cÓnduto aqui:

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

[poema visual publicado originalmente na revista Oficina de Poesia, nº 15 série II, março de 2011]

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

criaturas ao pormenor
a sul ou

: cordas da noite cata-vento por
menor fonte de letra ou: acordas de noite:
insónia hoje não tipo ácida
[ é calma a insónia adormeço contigo *

]
amanhã tal
vez as páginas como longa-metragem
bebam o hortocom o pé-mole: / com dois dedos apenas se faz uma conversa /

domingo, 31 de julho de 2011

não comemos pólvora

simplesmente pulverizam-nos

não ardemos pífia

são anjos sem cadastro soltos pelo umbigo

no ar

pó de tal & co da América

dos fracos e oprimidos

e ateus

não reza a História

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

.

a materialidade não são bocas de seda

bate nas pedras

& as letras estão abertas

são crateras confusas na sala

a materialidade é obra é artesã é universal

& transversal & transgressão

a materialidade são palavras vincadas na noite

a materialidade porque

a pedra é só abertura

e só apertura

& há refluxo & reflexo do abismo

a materialidade

das coisas para as coisas das coisas

&

das coisas das coisas para as coisas-coisas das coisas-coisas nas coisas

& a materialidade está na frente do mar

como quem está

na frente de guerra dos palhaços

de flores esguichando água ao peito para as caras

o corpo é materialidade

da materialidade do corpo

a ouvir o toc

toc toc da chuva nas urtigas


sábado, 10 de julho de 2010

Variação n.º#7.

[variação n.º #7 sobre Mário Cesariny.
da série "chamar as coisas pelos nomes ou chamar nomes às coisas"]

sábado, 5 de junho de 2010

i-i-i-ccc-ççç-sss

medo de cair nos fossos e nas fossas [de fuças]

há um abismo ainda maior: dentro do abismo


iii

canaviais de pica-paus e canas de pesca à mistura


iii

e se for do caos ser do caos ser o caos


cçs

não há locais que se sirvam quentes nem

espaços que se vivam frios pela culatra da multidão

mas há sempre alguém que fica

para trash!’


cçs

derrame junto à barra latente que é o contrário

do caudal do rio é preciso mergulhar de cabeça

fazer-se vício das vísceras e vísceras do vício


iii

e a poética era no corpo da sardinha

uma flauta dardejada o movimento era à mistura

uma cebola também na subsistência da desordem


iii

tudo em desordem é pelo olfacto mais concreto

que se expelem as cerejas se na boca

não ficar pendurada

a madeira que a natureza


cçs

a seguir arquitectar-se-ão as fitas protoplasmáticas

sintonia com a ideia não com a ideia

com a ideia de caos caos é não é sim é não é é


cçs

picar se de se picar se fizer mel nas cúpulas


cçschhhhhiiichhhhhiiiiiiiichhhhh-i-i-i-i-i-cçcçcçshhhhhhhh

bruno santos

quinta-feira, 15 de abril de 2010

IV Bienal de Poesia de Silves (2010)




aproxima-se a IV edição da Bienal de Poesia de Silves, desta feita com o mote "Poema Plural". uma organização de Gabriela Rocha Martins e António Castanheira (Escritaria).

o programa de festas é o seguinte:


Dia 22

10h00
Workshop – Poesia e Corpo Pensante/Movimento
por Vera Mantero
local – Ruas do comércio local


13h00
Almoço


15horas
Inauguração da Exposição
“Nas Margens da Poesia”
local – Átrio da Biblioteca Municipal


15h30
1ª Mesa Redonda
“Do acto de criação à edição”
-“Trabalho o poema sobre uma hipótese: o amor
que se despeja no copo da vida, até meio, como se
o pudéssemos beber de um trago. No fundo,
como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na
boca. (…)”
- Excerto de “O Plano”, Nuno Júdice.

Intervenientes – António Simões, Cristina Néry, Domingos Lobo, Graça Magalhães, Henrique Dória, Maria Azenha, Maria Costa, Rui Mendes, Soledade Santos e Vicente Ferreira da Silva
Moderadora
Inês Ramos
local – Biblioteca Municipal de Silves


18h30
Apresentação da Antologia da IV Bienal de Poesia
por Carina Infante do Carmo ( a confirmar )
leitura de poemas pelos poetas antologiados

local – Biblioteca Municipal de Silves


20h30
Jantar


22horas
Concerto Acústico e Tertúlia
com Vera Mantero
local – Biblioteca Municipal de Silves



Dia 23

13 horas
Almoço


15h30
“15 anos depois...
...Fernando Assis Pacheco


Conferência por Luís Serrano
Leitura de poemas por Inês Ramos

local – Biblioteca Municipal de Silves


17h30
Há Festa nas Palavras!
(... os dois anos da Biblioteca Municipal de Silves)


18h00
“De Amor Ardem os Bosques”
Apresentação do Livro de Maria Azenha
por Henrique Dória
Leitura de Poemas – Inês Ramos
Momento Musical – Paulo Pires
local – Biblioteca Municipal de Silves


20h00horas
Jantar


21h30
“Poesia e Dança do Crescente”

(Al.Mutamid e Ibn ‘Ammar)
- leitura de poemas por Marta Vargas
Momento de Dança
- “Projecto Dansul”
local - Museu Municipal de Arqueologia de Silves ( Cisterna Árabe )




Dia 24
13h00
Almoço


15h30
2ª Mesa Redonda
“Ritmos e imagens criadas a partir de palavras escritas”
- (…)Poesia durante muito tempo parece que foi sonoridade, ritmo sonoro obtido com palavras; só muito mais tarde se tornou sobretudo escrita e, depois disso ainda, imagem criada a partir de palavras escritas: ritmo visual. Esta evolução dá naturalmente que pensar – “Acerca da poética ainda possível” de Alberto Pimenta.

Intervenientes – Bruno Santos, Eduardo Pitta, Fernando Aguiar, Filipa Leal, Jorge Velhote, José Ribeiro Marto, Maria Estela Guedes, Nuno Júdice, Rita Grácio, Teresa Tudela e Torquato da Luz
Moderador
Silvestre Raposo
local – Biblioteca Municipal de Silves


18h30
Homenagem a Pedro Tamen

Conferência por Maria do Sameiro Barroso
Leitura de poemas por Paulo Moreira
local – Biblioteca Municipal de Silves


20h00
Jantar


21h30
Lançamento do Livro (?)
de Maria João Duarte
local – Salão Nobre da Câmara Municipal//Casa da Cultura

Concerto Agrupamento de Música de Câmara da Orquestra do Algarve
local – Salão Nobre da Câmara Municipal





Dia 25

13h00
Almoço


15h30
Apresentação de
“Poemas Portugueses - Antologia da Poesia Portuguesa do séc. XIII ao séc. XXI”, da Porto Editora

Selecção de Jorge Reis-Sá e Rui Lage
local – Biblioteca Municipal de Silves


17h00
3ª - Mesa Redonda
“O tempo no tempo do poema”
- “(…)Correr a mão
pelo corpo que tens em tempos quedos,
deixá-la ir pelos agostos fartos
pelas horas de ceifas e de verão.
Deixar que a tua pele me guie os dedos
para chegar aos olhos e fechar-tos.
– Excerto d’ E nisso haver. E nisso persistir”, Pedro Tamen

Intervenientes – Alice Macedo Campos, Fernando Esteves Pinto, João Rasteiro, Luís Serrano, Maria Gomes, Maria Toscano, Pedro Afonso, Pedro Tamen, Porfírio Al Brandão e Susana Miguel
Moderadora
Nassalete Miranda
local – Biblioteca Municipal de Silves

20h00
Jantar

22h00
Espectáculo
“Os Lobos”, de Maria Toscano

local – Biblioteca Municipal de Silves

domingo, 14 de março de 2010

Dois poemas sonoros de Steve Timm.


um trabalho de exploração do mínimo, através do manuseamento da unidade mínima de significação: o som. trabalho que é simultanemente uma exploração do máximo, pelo caminho da ambiguidade da significação. plurisignificação essa que é, em si mesma, o grau mais mínimo e o grau mais complexo da linguagem. a linguagem através da linguagem a dizer-nos como é quântica a linguagem.

ARTIST'S STATEMENT N0. 45,730,944: THE PERFECT ARTISTIC WEB SITE

Obra "ARTIST'S STATEMENT N0. 45,730,944: THE PERFECT ARTISTIC WEB SITE"
,, YOUNG-HAE CHANG HEAVY INDUSTRIES

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Revista Confraria (Brasil/Portugal)


poema "8]" da série "sinestesias cardinais"// bruno santos


[um dos dois poemas visuais publicados na revista Confraria nº 25 (1ª série impressa), setembro/outubro 2009]

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Outras vozes outras / Otras voces otras (ii)

él me gustaba mucho

pero nunca se lo dije

porque mi criada me había avisado

si le guste un chico

nunca le diga que él le gusta

si se lo dice

él se burla de usted para siempre

los chicos son malos

yo no era guapa

ni sabia quien había pintado los Pestíferos de Java

decidi así escribirle cartas anónimas

escrebia el borrador en un cuaderno pautado

hoy no sé lo que escribia

pero sé que nunca escribi

tú me gustas mucho

y después pedía a una chica muy guapa

que pasara a limpio las cartas

yo creía que quien tenía un pelo

asi rubio y la piel fina

debría tener una caligrafia mucho mejor que la mía

ahora que cuento esto

veo que dejo muchas cosas afuera

por ejemplo que mi primero amor

no fue esto pero si Paulo

el hermano de la chica guapa

Adília Lopes

(traducción de portugués para castellano: Bruno Santos)


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Lui mi piaceva molto

ma mai glielo dissi

perché la mia tata mi aveva avvisato

se le piace un ragazzo

mai gli dica che lui le piace

se glielo dice

lui si prende gioco di lei per sempre

i ragazzi sono cattivi

io non ero bella

né sapevo chi aveva dipinto i Pestiferi di Giava

decisi così di scrivergli lettere anonime

scrivevo la brutta su un quaderno a righe

oggi non so quello che scrivevo

ma so che mai scrissi

tu mi piaci molto

e dopo chiedevo a una ragazza molto bella

di passare in bella copia gli scritti

io credevo che chi aveva

dei capelli tanto biondi e una pelle sottile

avesse una calligrafia di tanto migliore della mia

ora che racconto questo

mi accorgo che sto tralasciando molte cose

per esempio che il mio primo amore

non fu questo ma fu Paulo

il fratello della ragazza bella.

Adília Lopes

(tradotto dallo spagnolo all'italiano por: Francesca Correr)


segunda-feira, 23 de novembro de 2009


[retirada
daqui]

a partir de “o 88º dia” de Cláudia Faro Santos

se o verde

se fizer

relva


serão duas cintilações

negras que nos virão bater

à porta


cada gotícula

estará dispersa e desperta

na janela da omoplata

.

sábado, 21 de novembro de 2009


era por dentro da seiva de caramelo mais maviosa

o maior acidente ferroviário de que há memória


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

re-volver

[poema visual publicado na Revista Oficina de Poesia nº 11]

Poemografias: de uma justaposição a uma posição justa [documentação de expo]

Poemografias: de uma justaposição a uma posição justa debruça-se sobre a discriminação de género, apropriando-se de textos dos mais diversificados tipos e nas mais diversas línguas, desde alguns textos teóricos que lançam perspectivas sobre esta realidade até textos de índole jornalística que tocam casos mais ou menos particulares.

A presente exposição é, por isso, composta por poemas que são eles mesmos uma re-apropriação de textos precedentes, de autoria vária, os quais servem de matriz respectiva e específica para cada exercício de re-escrita que acaba por culminar no produto final (mas nunca acabado¾ nem no seu processo de escrita, nem no seu processo de leitura[s]) que é cada um dos poemas apresentados e que é o conjunto de todos os poemas que constroem o corpo da exposição em si.

Os poemas que constituem esta mostra surgem aqui sob a designação de poemografias. Tal denominação, tomada de empréstimo do movimento Po.Ex, tenta reflectir sobre o carácter in-comum da formasobre a qual são apresentados os poemas, fazendo a justaposição entre os vocábulos “poema” e “tipografia”. Com isto pretende-se questionar as convenções estabelecidas no seio dos centros de poder que tentam ditar o que é e o que não é poesia (questionando indirectamente todas as formas de poder unidireccional), o como ela se faz ouvir ou se silencia (questionando a voz dita primacial e lendo não só o silêncio feito medo, mas também o caos generativo da insubmissão às práticas ditas convencionais: posição de resistência a caminho de uma hermenêutica diatópica (BSS).)

por Bruno Santos


[documentação] registo fotográfico da exposição




.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

poemografias: de uma justaposição a uma posição justa

.
está patente no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra desde hoje, 22 de Outubro, a exposição poemografias: de uma justaposição a uma posição justa.

da exposição apoiada pela organização do congresso internacional Média, Espaço Público e Género fazem parte nove poemas visuais a que chamei "poemografias", repescando um conceitovocábulo do movimento experimental português Po.Ex da década de 60, denominando os textos apresentados como "poema + tipografia".

dizer, de resto, que durante todo o dia de hoje bem como o dia de amanhã o congresso Média, Espaço Público e Género terá um sem número de mesas redondas e apresentações sobre as mais diversas e interessantes temáticas.

mais informações podem ser encontradas em
http://mediagenero.wordpress.com/

abaixo segue um exemplo de um dos poemas em exposição.




# na arte (música rock)

.a partir do ‘paper’ “I sing the body electric”: a disfonia dos pulsos e o silêncio como pauta literária de Cristina Néry e Rita Grácio

(apresentado no congresso Poéticas do Rock, FLUL, a 08.04.2009)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

o sorriso do Português Amarelo, uma posta completamente inútil versando vários temas em prosa

Talvez fume demasiado. Por vezes penso que talvez por vezes fume demasiado. A lei do tabaco que entrou em vigor já vai para dois anos bem que veio dizer “Opá, tu vê lá isso, não fumes esse cigarro, não precisas tanto dele assim.” Bem, pensando bem, o que a então nova lei do tabaco veio dizer foi “Não fumes esse cigarro, aqui e agora, não o fumas porque não deixo.” Com o acrescento “Se o dono deste espaço público me pagar, i.e., se tiver dinheiro para investir no material que o meu primo homologa lá em Bruxelas, aí, sim, aí podes fumar um cigarrito aqui e agora.”

Acho que fumo mesmo demasiado. Para estar a escrever um post sobre isso é porque, se calhar, talvez fume mesmo demasiado.

De resto, deixar um aparte que é também um balanço destes quase dois anos de lei anti-tabagista (bem sei que deveria ser uma lei de prevenção ou alerta para o tabagismo, mas não, é anti-tabagista mesmo). Se não estou equivocado, foi durante o governo Sócrates que esta lei veio à baila. E se não estou enganado, a dita lei foi um pouco uma imitação da lei que uns tempos antes havia entrado em vigor em Espanha. Bom, se não foi uma imitação, pelo menos servia-nos de exemplo, sendo que sempre vinha à tona o exemplo espanhol que nos dizia que um grande número de tabagistas tinha deixado de fumar por causa desta lei e os hospitais já começavam a receber menos gente com problemas relacionados com o consumo de tabaco e bla bla bla.

Agora que talvez o José não fique no poder, não me parece haver grande esperança de ver lei abolida. Também, sinceramente e a bem dizer, de um ponto de vista prático, não me faz qualquer diferença.

O que me não me causa indiferença de todo é saber o que pensará a Manuela disto tudo. Se ficar ela no poder, será que vai proibir o cigarro no espaço público de vez? Ou será que vai proibir o cigarro e ponto final (não entra sequer nas nossas fronteiras, fica do lado de lá, do lado do espanhóis, pode ser que eles revoguem o seu mandamento do “não fumarás” e fumem tudo o que vinha cá para o big burgo e, olha, morram para aí.)

O pior será se a Manuela nos obrigar a todos/as a fumar o tabaco do antigamente: Português Amarelo. Será ainda pior se, acrescido a essa obrigatoriedade, nos deixar fumar somente um determinado número de cigarros por dia. Pior, só se nos proibir fumar de todo. É que, pode parecer idiota e, quem sabe, até um tanto supérfluo, mas é que, às vezes, quando sinto que necessito mesmo um cigarro, por stress ou por não fumar há muito, advirto novamente que pode parecer um comentário tonto e desnecessário, mas é que, dizia, quando fumo esse cigarro, sinto-me mesmo livre.

domingo, 13 de setembro de 2009

Outras vozes outras / Otras voces otras (i)


EL DOMADOR DE LUNAS


estamos apoyados a una autocaravana bebemos sangría

charlamos mientras quemamos la noche

junto al mar

el viento fresco sorpréndenos con las manos nerviosas

en rededor de los vasos empañados la ternura de una mirada

no basta para iludir la embriaguez de los amores imperfectos

sé que posees todavía alguna juventud en ese sonriso

yo ya solamente emborracho los labios viciados por las palabras

poco tengo que decirte

tocote en el hombro hago promesas y tú reís

mientras descubrimos en el silencio cómplice del vino

que los dedos se enlazarán unos en los otros y sobre la piel

tiembla una tela de luminoso sal donde la noche cae

sobreviviremos al desgaste del amor

bebemos más

para que exista solo deseos y no amor entre nosotros y

el chico que tiene manía de espetar un cuchillo rubio

en el hombro del mar

La vie est une gare, je vais bientôt partir,

je ne dirait pas où.

me callé

sabiendo que me conducirías a casa por el camino de la playa

tambaleantes

y mientras yo no conseguir abrir de nuevo los ojos

no partirás estoy seguro

con tu jaula llena de lunas mansas

apaciguadas

Al Berto

(traducción del portugués para castellano: Bruno Santos)


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IL DOMATORE DI LUNE

Stiamo appoggiati a un camper beviamo sangría

parliamo mentre bruciamo la notte

accanto al mare

il vento fresco ci sorprende con mani nervose

attorno ai bicchieri annebbiati la tenerezza di uno sguardo

non basta per ingannare la sbronza degli amori imperfetti

so che possiedi ancora una qualche gioventù in quel sorriso

io ormai solamente ubriaco le labbra viziate dalle parole

ho da dirti poco

ti tocco sulla spalla prometto e tu ridi

mentre scopriamo nel silenzio complice del vino

che le dita si intrecceranno le une nelle altre e sulla pelle

trema una tela di luminoso sale dove la notte cade

sopravviveremo al logorio dell'amore

beviamo di più

perché esista solo desiderio e non amore tra di noi e

il ragazzo che ha la mania di infilzare un coltello biondo

nella spalla del mare

La vie est une gare, je vais bientôt partir,

je ne dirait pas où.

Mi zitiii

sapendo che mi avresti condotto a casa per la via della spiaggia

barcollanti

e mentre io non riuscirò più ad aprire gli occhi

non te ne andrai sono sicuro

con la tua scatola piena di

lune mansuete

riconciliate

Al Berto

(tradotto dallo spagnolo all'italiano por: Francesca Correr)