segunda-feira, 18 de março de 2013
Hypomnemata Digital
Não acabei com este blogue mas não tem havido muito movimento por aqui. Na boa. Também nunca disse que ia haver.
Para consultar um blogue que vai tendo mais movimento, podem os dois leitores/as que por aqui aparecem de vez em quando clicar na imagem abaixo. O Hypomnemata Digital é o meu mais recente blogue, sobre literatura electrónica e cibercultura.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
[clicar sobre a imagem ou aqui]
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
num não-lugar qualquer
- não gosto de poesia do quotidiano
que fala nos lugares à cabeceira -
um chavalo passa olhando
para trás chega junto
ao lago alimenta
os pombos directamente
do saco branco
olha para trás várias
vezes vezes várias
várias várias vezes
mas não pára de alimentar
os pombos os pombos não
param de alimentar-se
a comida que já não é
comida é ainda comida
& desaparece
num ápice
antes sequer que
a finalista do secundário
tenha tempo
para vender uma rifa
várias pessoas pessoas
várias pessoas no geral
pessoas várias no geral
gente-gente como dizia
o outro passam e pisam
o mesmo o mesmíssimo
lugar do saco branco
umas detêm-se mais
tempo outras detêm-se
menos tempo
- mais (tempo)
com mais (tempo) dá menos
(tempo) -
quase
todas se detêm mas nenhuma
se tem
inclusive o homem
assim como que de
meia idade com ar
de pedófilo
que sai a correr
pelo anfiteatro
- o word dá erro
na word pedófilo -
domingo, 25 de novembro de 2012
poema nobel combinatório
terça-feira, 6 de novembro de 2012
O meu mais novo
ERRATA
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
não comemos pólvora
simplesmente pulverizam-nos
não ardemos pífia
são anjos sem cadastro soltos pelo umbigo
no ar
pó de tal & co da América
dos fracos e oprimidos
e ateus
não reza a História
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
.
a materialidade não são bocas de seda
bate nas pedras
& as letras estão abertas
são crateras confusas na sala
a materialidade é obra é artesã é universal
& transversal & transgressão
a materialidade são palavras vincadas na noite
a materialidade porque
a pedra é só abertura
e só apertura
& há refluxo & reflexo do abismo
a materialidade
das coisas para as coisas das coisas
&
das coisas das coisas para as coisas-coisas das coisas-coisas nas coisas
& a materialidade está na frente do mar
como quem está
na frente de guerra dos palhaços
de flores esguichando água ao peito para as caras
o corpo é materialidade
da materialidade do corpo
a ouvir o toc
toc toc da chuva nas urtigas
sábado, 10 de julho de 2010
Variação n.º#7.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
: Édith Azam
sábado, 5 de junho de 2010
i-i-i-ccc-ççç-sss
medo de cair nos fossos e nas fossas [de fuças]
há um abismo ainda maior: dentro do abismo
iii
canaviais de pica-paus e canas de pesca à mistura
iii
e se for do caos ser do caos ser o caos
cçs
não há locais que se sirvam quentes nem
espaços que se vivam frios pela culatra da multidão
mas há sempre alguém que fica
para trash!’
cçs
derrame junto à barra latente que é o contrário
do caudal do rio é preciso mergulhar de cabeça
fazer-se vício das vísceras e vísceras do vício
iii
e a poética era no corpo da sardinha
uma flauta dardejada o movimento era à mistura
uma cebola também na subsistência da desordem
iii
tudo em desordem é pelo olfacto mais concreto
que se expelem as cerejas se na boca
não ficar pendurada
a madeira que a natureza
cçs
a seguir arquitectar-se-ão as fitas protoplasmáticas
sintonia com a ideia não com a ideia
com a ideia de caos caos é não é sim é não é é
cçs
picar se de se picar se fizer mel nas cúpulas
cçschhhhhiiichhhhhiiiiiiiichhhhh-i-i-i-i-i-cçcçcçshhhhhhhh
bruno santos
quinta-feira, 15 de abril de 2010
IV Bienal de Poesia de Silves (2010)
10h00
Workshop – Poesia e Corpo Pensante/Movimento
por Vera Mantero
local – Ruas do comércio local
13h00
Almoço
15horas
Inauguração da Exposição
“Nas Margens da Poesia”
local – Átrio da Biblioteca Municipal
15h30
1ª Mesa Redonda
“Do acto de criação à edição”
-“Trabalho o poema sobre uma hipótese: o amor
que se despeja no copo da vida, até meio, como se
o pudéssemos beber de um trago. No fundo,
como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na
boca. (…)” - Excerto de “O Plano”, Nuno Júdice.
Intervenientes – António Simões, Cristina Néry, Domingos Lobo, Graça Magalhães, Henrique Dória, Maria Azenha, Maria Costa, Rui Mendes, Soledade Santos e Vicente Ferreira da Silva
Moderadora
Inês Ramos
local – Biblioteca Municipal de Silves
18h30
Apresentação da Antologia da IV Bienal de Poesia
por Carina Infante do Carmo ( a confirmar )
leitura de poemas pelos poetas antologiados
local – Biblioteca Municipal de Silves
20h30
Jantar
22horas
Concerto Acústico e Tertúlia
com Vera Mantero
local – Biblioteca Municipal de Silves
Dia 23
13 horas
Almoço
15h30
“15 anos depois...
...Fernando Assis Pacheco”
Conferência por Luís Serrano
Leitura de poemas por Inês Ramos
local – Biblioteca Municipal de Silves
17h30
Há Festa nas Palavras!
(... os dois anos da Biblioteca Municipal de Silves)
18h00
“De Amor Ardem os Bosques”
Apresentação do Livro de Maria Azenha
por Henrique Dória
Leitura de Poemas – Inês Ramos
Momento Musical – Paulo Pires
local – Biblioteca Municipal de Silves
20h00horas
Jantar
21h30
“Poesia e Dança do Crescente”
(Al.Mutamid e Ibn ‘Ammar)
- leitura de poemas por Marta Vargas
Momento de Dança
- “Projecto Dansul”
local - Museu Municipal de Arqueologia de Silves ( Cisterna Árabe )
Dia 24
13h00
Almoço
15h30
2ª Mesa Redonda
“Ritmos e imagens criadas a partir de palavras escritas”
- (…)Poesia durante muito tempo parece que foi sonoridade, ritmo sonoro obtido com palavras; só muito mais tarde se tornou sobretudo escrita e, depois disso ainda, imagem criada a partir de palavras escritas: ritmo visual. Esta evolução dá naturalmente que pensar – “Acerca da poética ainda possível” de Alberto Pimenta.
Intervenientes – Bruno Santos, Eduardo Pitta, Fernando Aguiar, Filipa Leal, Jorge Velhote, José Ribeiro Marto, Maria Estela Guedes, Nuno Júdice, Rita Grácio, Teresa Tudela e Torquato da Luz
Moderador
Silvestre Raposo
local – Biblioteca Municipal de Silves
18h30
Homenagem a Pedro Tamen
Conferência por Maria do Sameiro Barroso
Leitura de poemas por Paulo Moreira
local – Biblioteca Municipal de Silves
20h00
Jantar
21h30
Lançamento do Livro (?)
de Maria João Duarte
local – Salão Nobre da Câmara Municipal//Casa da Cultura
Concerto Agrupamento de Música de Câmara da Orquestra do Algarve
local – Salão Nobre da Câmara Municipal
Dia 25
13h00
Almoço
15h30
Apresentação de
“Poemas Portugueses - Antologia da Poesia Portuguesa do séc. XIII ao séc. XXI”, da Porto Editora
Selecção de Jorge Reis-Sá e Rui Lage
local – Biblioteca Municipal de Silves
17h00
3ª - Mesa Redonda
“O tempo no tempo do poema”
- “(…)Correr a mão
pelo corpo que tens em tempos quedos,
deixá-la ir pelos agostos fartos
pelas horas de ceifas e de verão.
Deixar que a tua pele me guie os dedos
para chegar aos olhos e fechar-tos. – Excerto d’ E nisso haver. E nisso persistir”, Pedro Tamen
Intervenientes – Alice Macedo Campos, Fernando Esteves Pinto, João Rasteiro, Luís Serrano, Maria Gomes, Maria Toscano, Pedro Afonso, Pedro Tamen, Porfírio Al Brandão e Susana Miguel
Moderadora
Nassalete Miranda
local – Biblioteca Municipal de Silves
20h00
Jantar
22h00
Espectáculo
“Os Lobos”, de Maria Toscano
local – Biblioteca Municipal de Silves
domingo, 14 de março de 2010
Dois poemas sonoros de Steve Timm.
ARTIST'S STATEMENT N0. 45,730,944: THE PERFECT ARTISTIC WEB SITE
,, YOUNG-HAE CHANG HEAVY INDUSTRIES
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
dossier software livre (i)
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Não
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Revista Confraria (Brasil/Portugal)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Outras vozes outras / Otras voces otras (ii)
él me gustaba mucho
pero nunca se lo dije
porque mi criada me había avisado
si le guste un chico
nunca le diga que él le gusta
si se lo dice
él se burla de usted para siempre
los chicos son malos
yo no era guapa
ni sabia quien había pintado los Pestíferos de Java
decidi así escribirle cartas anónimas
escrebia el borrador en un cuaderno pautado
hoy no sé lo que escribia
pero sé que nunca escribi
tú me gustas mucho
y después pedía a una chica muy guapa
que pasara a limpio las cartas
yo creía que quien tenía un pelo
asi rubio y la piel fina
debría tener una caligrafia mucho mejor que la mía
ahora que cuento esto
veo que dejo muchas cosas afuera
por ejemplo que mi primero amor
no fue esto pero si Paulo
el hermano de la chica guapa
Adília Lopes
(traducción de portugués para castellano: Bruno Santos)
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Lui mi piaceva molto
ma mai glielo dissi
perché la mia tata mi aveva avvisato
se le piace un ragazzo
mai gli dica che lui le piace
se glielo dice
lui si prende gioco di lei per sempre
i ragazzi sono cattivi
io non ero bella
né sapevo chi aveva dipinto i Pestiferi di Giava
decisi così di scrivergli lettere anonime
scrivevo la brutta su un quaderno a righe
oggi non so quello che scrivevo
ma so che mai scrissi
tu mi piaci molto
e dopo chiedevo a una ragazza molto bella
di passare in bella copia gli scritti
io credevo che chi aveva
dei capelli tanto biondi e una pelle sottile
avesse una calligrafia di tanto migliore della mia
ora che racconto questo
mi accorgo che sto tralasciando molte cose
per esempio che il mio primo amore
non fu questo ma fu Paulo
il fratello della ragazza bella.
Adília Lopes
(tradotto dallo spagnolo all'italiano por: Francesca Correr)
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
a partir de “o 88º dia” de Cláudia Faro Santos
se o verde
se fizer
relva
serão duas cintilações
negras que nos virão bater
à porta
cada gotícula
estará dispersa e desperta
na janela da omoplata
.
sábado, 21 de novembro de 2009
era por dentro da seiva de caramelo mais maviosa
o maior acidente ferroviário de que há memória
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
re-volver
Poemografias: de uma justaposição a uma posição justa [documentação de expo]
Poemografias: de uma justaposição a uma posição justa debruça-se sobre a discriminação de género, apropriando-se de textos dos mais diversificados tipos e nas mais diversas línguas, desde alguns textos teóricos que lançam perspectivas sobre esta realidade até textos de índole jornalística que tocam casos mais ou menos particulares.
A presente exposição é, por isso, composta por poemas que são eles mesmos uma re-apropriação de textos precedentes, de autoria vária, os quais servem de matriz respectiva e específica para cada exercício de re-escrita que acaba por culminar no produto final (mas nunca acabado¾ nem no seu processo de escrita, nem no seu processo de leitura[s]) que é cada um dos poemas apresentados e que é o conjunto de todos os poemas que constroem o corpo da exposição em si.
Os poemas que constituem esta mostra surgem aqui sob a designação de poemografias. Tal denominação, tomada de empréstimo do movimento Po.Ex, tenta reflectir sobre o carácter in-comum da formasobre a qual são apresentados os poemas, fazendo a justaposição entre os vocábulos “poema” e “tipografia”. Com isto pretende-se questionar as convenções estabelecidas no seio dos centros de poder que tentam ditar o que é e o que não é poesia (questionando indirectamente todas as formas de poder unidireccional), o como ela se faz ouvir ou se silencia (questionando a voz dita primacial e lendo não só o silêncio feito medo, mas também o caos generativo da insubmissão às práticas ditas convencionais: posição de resistência a caminho de uma hermenêutica diatópica (BSS).)
.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
poemografias: de uma justaposição a uma posição justa
.a partir do ‘paper’ “I sing the body electric”: a disfonia dos pulsos e o silêncio como pauta literária de Cristina Néry e Rita Grácio
(apresentado no congresso Poéticas do Rock, FLUL, a 08.04.2009)
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Inform-acção
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
o sorriso do Português Amarelo, uma posta completamente inútil versando vários temas em prosa
Talvez fume demasiado. Por vezes penso que talvez por vezes fume demasiado. A lei do tabaco que entrou em vigor já vai para dois anos bem que veio dizer “Opá, tu vê lá isso, não fumes esse cigarro, não precisas tanto dele assim.” Bem, pensando bem, o que a então nova lei do tabaco veio dizer foi “Não fumes esse cigarro, aqui e agora, não o fumas porque não deixo.” Com o acrescento “Se o dono deste espaço público me pagar, i.e., se tiver dinheiro para investir no material que o meu primo homologa lá em Bruxelas, aí, sim, aí podes fumar um cigarrito aqui e agora.”
Acho que fumo mesmo demasiado. Para estar a escrever um post sobre isso é porque, se calhar, talvez fume mesmo demasiado.
De resto, deixar um aparte que é também um balanço destes quase dois anos de lei anti-tabagista (bem sei que deveria ser uma lei de prevenção ou alerta para o tabagismo, mas não, é anti-tabagista mesmo). Se não estou equivocado, foi durante o governo Sócrates que esta lei veio à baila. E se não estou enganado, a dita lei foi um pouco uma imitação da lei que uns tempos antes havia entrado em vigor em Espanha. Bom, se não foi uma imitação, pelo menos servia-nos de exemplo, sendo que sempre vinha à tona o exemplo espanhol que nos dizia que um grande número de tabagistas tinha deixado de fumar por causa desta lei e os hospitais já começavam a receber menos gente com problemas relacionados com o consumo de tabaco e bla bla bla.
Agora que talvez o José não fique no poder, não me parece haver grande esperança de ver lei abolida. Também, sinceramente e a bem dizer, de um ponto de vista prático, não me faz qualquer diferença.
O que me não me causa indiferença de todo é saber o que pensará a Manuela disto tudo. Se ficar ela no poder, será que vai proibir o cigarro no espaço público de vez? Ou será que vai proibir o cigarro e ponto final (não entra sequer nas nossas fronteiras, fica do lado de lá, do lado do espanhóis, pode ser que eles revoguem o seu mandamento do “não fumarás” e fumem tudo o que vinha cá para o big burgo e, olha, morram para aí.)
O pior será se a Manuela nos obrigar a todos/as a fumar o tabaco do antigamente: Português Amarelo. Será ainda pior se, acrescido a essa obrigatoriedade, nos deixar fumar somente um determinado número de cigarros por dia. Pior, só se nos proibir fumar de todo. É que, pode parecer idiota e, quem sabe, até um tanto supérfluo, mas é que, às vezes, quando sinto que necessito mesmo um cigarro, por stress ou por não fumar há muito, advirto novamente que pode parecer um comentário tonto e desnecessário, mas é que, dizia, quando fumo esse cigarro, sinto-me mesmo livre.
domingo, 13 de setembro de 2009
Outras vozes outras / Otras voces otras (i)
EL DOMADOR DE LUNAS
estamos apoyados a una autocaravana bebemos sangría
charlamos mientras quemamos la noche
junto al mar
el viento fresco sorpréndenos con las manos nerviosas
en rededor de los vasos empañados la ternura de una mirada
no basta para iludir la embriaguez de los amores imperfectos
sé que posees todavía alguna juventud en ese sonriso
yo ya solamente emborracho los labios viciados por las palabras
poco tengo que decirte
tocote en el hombro hago promesas y tú reís
mientras descubrimos en el silencio cómplice del vino
que los dedos se enlazarán unos en los otros y sobre la piel
tiembla una tela de luminoso sal donde la noche cae
sobreviviremos al desgaste del amor
bebemos más
para que exista solo deseos y no amor entre nosotros y
el chico que tiene manía de espetar un cuchillo rubio
en el hombro del mar
La vie est une gare, je vais bientôt partir,
je ne dirait pas où.
me callé
sabiendo que me conducirías a casa por el camino de la playa
tambaleantes
y mientras yo no conseguir abrir de nuevo los ojos
no partirás estoy seguro
con tu jaula llena de lunas mansas
apaciguadas
Al Berto
(traducción del portugués para castellano: Bruno Santos)
IL DOMATORE DI LUNE
Stiamo appoggiati a un camper beviamo sangría
parliamo mentre bruciamo la notte
accanto al mare
il vento fresco ci sorprende con mani nervose
attorno ai bicchieri annebbiati la tenerezza di uno sguardo
non basta per ingannare la sbronza degli amori imperfetti
so che possiedi ancora una qualche gioventù in quel sorriso
io ormai solamente ubriaco le labbra viziate dalle parole
ho da dirti poco
ti tocco sulla spalla prometto e tu ridi
mentre scopriamo nel silenzio complice del vino
che le dita si intrecceranno le une nelle altre e sulla pelle
trema una tela di luminoso sale dove la notte cade
sopravviveremo al logorio dell'amore
beviamo di più
perché esista solo desiderio e non amore tra di noi e
il ragazzo che ha la mania di infilzare un coltello biondo
nella spalla del mare
La vie est une gare, je vais bientôt partir,
je ne dirait pas où.
Mi zitiii
sapendo che mi avresti condotto a casa per la via della spiaggia
barcollanti
e mentre io non riuscirò più ad aprire gli occhi
non te ne andrai sono sicuro
con la tua scatola piena di
lune mansuete
riconciliate
Al Berto
(tradotto dallo spagnolo all'italiano por: Francesca Correr)