vai de lebre de vagar
cadáver um grandessíssimo ar cheio de moscas
para abrir altar
os sumérios eram somas das sombras até
acordar
cheio de penas
cheio de moscas
me levanto
pipistrello pistacho frente ao mar
faminto o silêncio da língua áspera à espera
no silêncio da sua morte a espaços de íris e tenazes
uma lâmpada a perguntar pela Maria Amélia três vezes
imacula-se o maxilar aos pássaros
e faz-se uma sopa
uma só esponja faz família de toda a ruína
defenestrar uma cavilha entorna o córtex
não há mais medula
e os chineses vendem aquilo tudo
a fritura vem calafetar de melaço
a sua merda a sua repugnância
a sua ânsia belo estrume
invisível a noite pelo tratamento da sombra
is a writer isto sim é
escrever
para os trinta anos de cócoras
em Agosto o amendoim e agora não tens brinquedos
só coisas importantes: arrebanhar a caruma como retalhos em aglomerado contra
os fardos
já adulteraste hoje?
porque os nenúfares treinam a sua sensualidade na lua
salga na caruma narinas
o estágio da erudição ascendente
Agnese, Bruno, Cristina, Paulo, Porfírio, Rita
Excelente, como sempre. Parabéns ;)
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