domingo, 13 de setembro de 2009

Legislativas 2009

O Sócrates gosta muito de levar no cu
O Louçã nem por isso
O Jerónimo dá-lhe mais para ir
O Portas emociona-se e não consegue acabar.

O Sócrates
Em podendo fazia-o mais de uma vez por dia.
Ficavam-lhe os olhos Brancos
E não falava, mordia. O Louçã
É mais por causa da fotografia
Das árvores altas nos montes perto
Quando passam rapazes
O que nem sempre sucedia.

O Portas o seu maior desejo desde adulto
(Mas já na tenra idade lhe provia)
Era ver os hètèros a foder uns com os outros
Pela Seguinte ordem e teoria:
O Jerónimo no chão, debaixo de todos (era molengão
Em não se tratando de anacreônticas) introduzia-
-Se no Portas até à base
E com algum incómodo o Portas erguia
Nos Pulsos a ordem da Kabalia
Tentando passá-lo ao Louçã
Que enroscado no Sócrates mordia mordia
E a mais não dava atenção.
O Sócrates tentava
Apanhar o membro da Ferreira Leite
Que crescia sem parança em direcção ao espaço
E era o que mais avultava na dança
Das pernas do maço da heteronomia
A que aliás o Sócrates era um pouco emprestado
Como de ajuda externa (de janela do lado)
Àquela endemonia
Hoje em dia moderna e caso arrumado.

Formando o quadrado
Era quando o eleitorado aparecia.
«Iô Pan! Iô Pã!», dizia,
E era Felatio para todos
E Pão de ló molhado em malvasia.


a partir de poema de Mário Cesariny
In «O Virgem Negra - Fernando Pessoa explicado às criancinhas naturais e estrangeiras por M.C.V.»

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